TG35SS - Volume 1: Invocação do Herói (Einherjar Desperta) - Capítulo 5: O Caçador de Bruxas do Crepúsculo [Parte 2]
Parte 2
Logo após acordar, Takeru correu em direção ao
Herói que tentou matar Ouka.
Não importava o que havia acontecido a ele,
Takeru apenas correu para ajudá-la.
O inimigo virou sua atenção para ele, seu
corpo se moveu e atirou para se livrar da nova ameaça.
Excalibur carregava um poder imenso, ainda
assim, a bala mágica foi facilmente dividida em dois pelo corte da espada de
Takeru.
Antes que o cavaleiro índigo percebesse, ele
havia atirado o Herói para longe com um chute.
Quando sua consciência voltou para si, a
dúvida surgiu em sua cabeça:
- ...O qu-o que é que eu virei...?
Repentinamente, ele foi atingido pela
surpresa. Ele se via de prontidão com uma espada.
Ele deveria estar com seu uniforme, sua pele,
carne e ossos, mas não havia mais corpo.
O que estava lá, ao invés disso, era ele
próprio coberto com uma substância azul-arroxeada.
E segurada por suas duas mãos, uma espada com
a mesma cor da substância misteriosa.
Ele, sem querer, se assustou com sua própria
aparência.
- Bom
despertar, hospedeiro. Sei que é repentino, mas por favor lute.
Ele subitamente ouviu uma voz monótona em sua
cabeça, Takeru estava ainda mais agitado.
- ...O que é isso? O que aconteceu?...
Sem se lembrar de nada, Takeru pôs a mão em
sua cabeça.
Ele estava estranho, desconfortável.
- Peço
perdão por perturbá-lo, meu nome oficial é [ Malleus Malleficarum Tipo
Crepúsculo “Mistilteinn” ]
- ...Como?
- Simplificando,
<Mistletoe(Árvore que reside)>. Outros apelidos incluem “Lapis Lazuli” ou
apenas “Lapis”.
- ...Lapis?
- Eu sou
uma das Devoradoras de relíquias, que apenas Dullahans têm a permissão de
utilizar. Você foi escolhido como o meu contratador.
-
.....................Ahn?
Pensando que havia ouvido errado, uma
interjeição de confusão foi o máximo que ele pode dizer.
Claro que ele já ouviu de Devoradores de
relíquias, equipamento limitado aos Dullahans.
Uma Herança mágica que apenas aqueles com
méritos e conquistas excepcionais podem usar. Uma força esmagadora contra tudo
relacionado a magia, uma Herança mágica que existe para erradicar bruxas.
Por que uma coisa dessas pararias nas mãos de
Takeru, que era apenas um estudante?
- Katching Katching Katching. Meus parabéns.
Com a mesma voz que ele havia ouvido em algum
lugar, Lapis entregou uma mensagem de parabéns acompanhada de um som de máquina
de cassino e o som do vencedor do prêmio.
Uma voz que parecia conter poder, Takeru se
preocupou.
- ...Que parabéns, o quê? Não me arraste para
esse tipo de problema. Estudantes não têm permissão para usar Devoradores de
relíquias, certo? Isso é um sonho? Tem que ser um sonho.
- Tenho
a aprovação de Ootori Sougetsu. Estou recebendo uma transmissão dele,
conectando agora.
Antes de poder responder, a voz em sua mente
se silenciou, um som chegou em seus ouvidos fazendo *Bscht*.
- Não é
sonho nenhum, Kusanagi-kun.
- ...Diretor? O que isso quer dizer?... Por que
eu?
- Acalme-se,
Você provavelmente já sabe, mas Devoradores de relíquias não podem ser
designados a ninguém além dos Dullahans. Para falar a verdade, todo Devorador
de Relíquias a não ser essa garota tem como dono um dullahan.
Sougetsu falava mais rápido do que o normal por
causa da empolgação.
Takeru só pôde responder com um “O quê?”
- Entretanto,
é o Devorador de relíquias que escolhe seu dono. Como essa criança era a única
que não tinha escolhido ninguém, eu estava com problemas. Eu sou também o
diretor do comitê da Inquisição, afinal de contas. Quero usar toda a força que
temos para erradicar as bruxas.
-
..........
- Em
primeiro lugar, o seu convite para estudar na academia foi porque você era o
melhor candidato para formar um contrato com Mistilteinn.
“ Não pode ser “, Takeru pensou.
Por outro lado, era estranho desde o início o
fato de que ele conseguira ser aceito na Academia Anti-magia.
Sem proficiência em combate que não seja a
curta distância, estudos e testes acadêmicos eram um desastre também. Ao pensar
um pouco, ele não deveria ter entrado de jeito algum.
Se houvesse uma recomendação do diretor da
escola e do comitê da inquisição, porém, o mistério estaria resolvido.
- ...Por que eu? Deve haver outras pessoas
muito mais qualificadas do que eu, certo?
- Isso
tudo é porque Mistilteinn é uma Devoradora de relíquias que só possui formas de
espada.
Com isso dito, Takeru olhou para a espada em
suas mãos.
“ Certamente é uma espada...”. Ele leu em suas
apostilas escolares que todos os Devoradores de relíquias eram Heranças mágicas
em forma de armas antes.
- A
habilidade necessária não é a pontaria... É o conjunto de técnicas para combate
corpo-a-corpo, significa que pessoas como você são as mais cabíveis.
- Por isso eu?
Takeru apertou a espada em suas mãos,
Misltilteinn, sentido uma leve excitação em seu peito. Ele sentia como seus
órgãos estivessem dançando.
Sougetsu sorria enquanto conversavam.
- De
fato. Essa criança não pode ser usada por nenhum humano além de você. É a sua
própria Devoradora de relíquias.
-
.............
-
Kusanagi-san... Eu quero que você a use para derrotar o Herói. Isso não pode
ser feito por ninguém além de você. Isto é, se você conseguir, é claro.
Takeru apertou Mistilteinn ainda mais forte.
O pedido de Sougetsu soava covarde, e diante
de tal pedido, homem nenhum ficaria em silêncio.
Quando se trata de talento para mexer com as
pessoas, ele era um gênio.
Mas aquela não era hora para isso.
Takeru também tinha um motivo para derrotar o
Herói.
- Se
você atender a esse pedido meu, eu mandarei meus agradecimentos em nome da
inquisição. Derrote o Herói e eu lhe concederei um desejo seu.
-
...................
- Vamos
ver, talvez a qualificação para se tornar um Dullahan(Caçador de bruxas)? Ah,
você estava esperando se tornar um Spriggan(Cavaleiro), certo? Se quiser fazer
dinheiro rápido, os Dullahans seria uma alternativa melhor.
Takeru fez uma careta ao ouvir a proposta de
Sougetsu.
- Não há necessidade disso.
Voz formal, baixa, engrossada e obviamente
hostil.
Takeru olhou para Ouka, que estava desmaiada e
caída no chão.
Seu corpo estava em um estado horrível, seu
rosto, pálido e haviam destroços do último disparo do Herói a cobrindo.
...Além de resquícios de lágrimas.
A fúria corria dentro de Takeru, *Gatch*, ele
apanhou a espada.
- Desculpe, mas não posso confiar em você –
Disse Takeru com toda a clareza do mundo.
Em primeiro lugar, havia várias coisas que ele
gostaria de perguntar a Sougetsu. Sobre Ouka, sobre a mobilização dos
estudantes e não dos Dullahans e sobre tudo isso, por que uma Devoradora de
relíquias havia sido confiada a Takeru. Era demais para ele só de pensar em ser
um candidato, era tão confuso que chegava a dar raiva.
Antes mesmo da cerimônia de abertura do ano
letivo e do encontro com o homem chamado Ootori Sougetsu, Takeru sentiu que ele
era um homem cruel e calculista.
Ter sido colocado naquela situação era um
ponto decisivo.
Aquele homem que estava se comunicando com
Takeru era uma existência comparável à de um coringa na manga.
- Eu não tenho intenção nenhuma de virar sua
marionete, não vou me deixar ser usado por você. Minha força é só minha e ela
serve apenas os meus propósitos.
- Você sequer tentou salvar a Ootori... Não
vou deixar isso passar em branco.
Enquanto Takeru quase ameaçava, ele sentiu que
Sougetsu estava sorrindo do outro lado do holograma.
- Opa,
tudo bem mesmo? Tenho quase certeza que você entrou para a academia para-
- Cale a boca.
Seu tom engrossou ainda mais, assim como em
seu primeiro encontro com Ootori Sougetsu, no ingresso de Takeru na Academia.
- Não irei te responder mais nada.
Rugindo silenciosamente como um ogro.
Então Sougetsu respondeu com uma risada
abafada.
- Ora, e
eu aqui pensando que você tinha se reformado completamente depois da última vez
que nos encontramos. Um lobo na pele de carneiro, hum. Você e Ouka, duas
crianças problemáticas, puxa vida.
- ..............
- Tudo
bem, eu não me importo, desde que esteja realmente tudo bem por você.
Naquele momento, Takeru não ligava pra a
promoção a Dullahan(Caçador de bruxas).
Haviam muitas outras coisas mais importantes
para ele.
- Vou
deixar meus agradecimentos aqui. Kusanagi-kun... Boa sorte na batalha.
A comunicação foi encerrada e o silêncio veio.
Takeru enrijeceu o corpo e reafirmou seu punho
na espada.
- Reerguimento
no inimigo confirmado. Hospedeiro, prepare-se para a batalha.
Como disse Lapis, o Herói que foi atirado para
longe, Rei Arthur, voltou arrastando seu corpo em pedaços.
Aparentemente, o dano havia se acumulado
consideravelmente.
Da cabeça aos pés, ele estava desgastado,
aparentava estar realmente horrível.
- Permita-me
brevemente explicar a minha performance.
- O que há com essa armadura? Você não é uma
Herança mágica na forma de espada?
Ele perguntou enquanto olhava para seu corpo,
que era recoberto por um traje aprimorado e colado em sua pele.
- Hospedeiro,
a magia intrínseca desta Devoradora de relíquias fortalece o corpo do Caçador
de bruxas. Vigor e potência física, em outras palavras, tudo além da velocidade
de reação do cérebro, assim é possível aproveitar uma força ainda maior do que
de uma pessoa normal.
Ele nem se preocupava
pela aceleração da reação em primeiro lugar. O que ele precisava era o
fortalecimento do corpo.
Como o corpo humano não suportaria a
performance cerebral e velocidade de reação das técnicas Kusanagi, para
completar e otimizar tais técnicas, resistência corporal desumana era
necessária.
O que Mistilteinn havia acabado de explicar
era a melhor coisa que Takeru poderia ouvir.
- Interrupção.
Inimigo disparando pela frente.
Mesmo
antes de Lapis alertar, Takeru já havia tomado uma postura defensiva.
Ativando Soumatou, ele se preparou para
interceptar. O oponente mirou Excalibur em Takeru, tentando acertá-lo com outra
bala mágica.
- Esquivar
não é necessário, por favor corte.
No mundo em câmera lenta, uma voz soava
diretamente em sua cabeça.
Acreditando nas palavras de Lapis, ele se
preparou para fatiar o projétil erguendo a espada.
Depois que o impacto do disparo foi sentido e
a massa de energia mágica acertou o corte vertical de Takeru, ele sentiu a
vibração em sua espada e finalizou o golpe da mesma forma.
Quase que instantaneamente, a bala mágica
desapareceu e aterrissou no pé do Herói.
O Rei Arthur foi atingido pelo seu próprio
disparo e foi danificado novamente.
- Interessante...
Seu corpo se movia suavemente mesmo se ele
ativasse Soumatou, sem falar na espada que repelia magia.
Takeru confirmou sua presa. Havia mais algo a
se checar: a capacidade física da lâmina.
- Lapis... Como uma espada, como é você? –
Perguntou francamente para Lapis.
- Quero dizer, até onde você consegue acompanhar
meus movimentos? – Ele refez a pergunta.
Certo sábio uma vez disse que quanto maior é a
presa, melhor deve ser a espada. Takeru precisava de uma lâmina
correspondentemente forte.
- Não se
preocupe, Hospedeiro, não importa o que aconteça, eu definitivamente não
quebrarei – Respondeu Lapis em um piscar de olhos.
O jeito que ela disse era estranhamente
reforçado. Takeru estava um pouco confuso e surpreso por isto.
- Eu também posso lhe assegurar sobre o fio da
espada. Metais como Oricalco não são diferentes de manteiga para mim. Sobre o
efeito anti-magia, eu me orgulho em dizer que sou um item de primeira classe,
completamente diferente daquela cópia de Excalibur falsificada. Apesar de
pouquissimamente inferior em termos de quantia de energia mágica produzida, não
deve haver absolutamente nenhum problema em combate a curta distância.
- E-Entendo...
- Mais
uma coisa, sou capaz de mudar de uma forma física para qualquer outra, contanto
que seja uma espada. Pode ser dito que a minha versatilidade como uma Herança
mágica é incomparável, por favor diga quando precisar usar.
Apesar da falta de entonação, Takeru sentiu que
ela pronunciava de forma anormalmente clara.
“ ... Ela está zangada? ” – pensou Takeru.
Ele pigarreou limpando a garganta e disse:
- Então... Uma Nodachi.
(Nota de tradutor: Nodachi é o nome de uma
espada japonesa de duas mãos com a lâmina maior do que uma katana tradicional)
-
Confirmado. Por favor aperte o gatilho na parte superior do cabo, pouco abaixo
da guarda.
Como foi instruído, Takeru apertou o gatilho
especificado.
Em um instante, a espada medieval de duas mãos
mudou seu formato para uma nodachi, como pedido por Takeru. A espada cintilava
misticamente com uma luz azul pálida. Ele estreitou os olhos e seus lábios se
curvaram em um sorriso.
- Entendo... Isso é bastante conveniente.
Conveniente era a palavra certa para descrever
Mistilteinn poderia se tornar qualquer tipo de
espada, as Técnicas Kusanagi poderiam se aproveitar de qualquer tipo de espada.
- Para
mim, você também é conveniente.
- Como assim?
- Eu não
posso ser usada por um espadachim qualquer. Mesmo com um corpo forte, a
velocidade de reação é lenta demais. Como certo sábio disse, há limites para
humanos normais.
- Sei, esse sábio, no caso, é você.
Sabendo de seu poder, ela havia o escolhido.
O humor de Takeru mudou para melhor.
Escolhido por uma espada, para um espadachim
como ele, não havia felicidade maior.
- Lapis.
- Sim?
- Estou contando com você.
- Sim, Hospedeiro.
Eles reconheceram um ao outro brevemente e
Takeru avançou em direção ao inimigo.
- Outro disparo em breve.
Como advertiu Lapis, o Herói se levantou e
atirou uma bala mágica em uma fração de segundo.
Não haviam truques.
- Fuuuu...!
Ativando Soumatou, a espada se chocava com a
bala mágica.
Como se avisasse que o mesmo ataque não
funcionaria novamente, Takeru rebateu o projétil. Mas o mesmo contra-ataque não
funcionou duas vezes para ele também.
Na dimensão desacelerada, Takeru pôde ver.
Apesar de desviar da bala rebatida por um fio,
um enorme “algo” caiu a três metros de distância do inimigo.
Por um momento, Takeru não sabia o que havia
acontecido.
- O
inimigo acabou de renunciar à armadura.
No mesmo instante que Lapis reportou, a partir
a armadura agora desmontada surgiu uma forma humana do tamanho de um homem
adulto.
- Que rápido!
Takeru golpeou com sua espada
instantaneamente, ele bloqueou um ataque inimigo com um *Gling*.
Excalibur e Mistilteinn se chocaram. Um número
enorme de faíscas voou. A figura humanoide que aparecera tinha a aparência de
um manequim.
- O
interior do inimigo é um golem feito por alquimia. É um boneco com a alma de um
herói dentro.
- ...Apesar de ser um boneco, é duro na queda,
esse aqui.
- Isto é
porque dentro reside Rei Arthur. É claro que sua força transcende humanos.
Aparentemente o criador é habilidoso, está bastante adaptado aos movimentos do
Rei Arthur original.
- Um boneco ou quer que seja, um Herói é um
Herói, você quer dizer...?!
A competição no impasse atinge o seu ápice,
ele repeliu a lâmina com a energia de todo o seu corpo. Logo depois, um choque
transcendental aconteceu.
Fagulhas e sons metálicos intensos se
espalharam. Pessoas normais não seriam capazes de acompanhá-los a olho nu.
Soumatou já estava ativado. A velocidade das
duas entidades trocando ataques era tão rápida quanto uma bala ou até mais
veloz.
Não havia diferença significante entre o Rei Arthur
e Takeru, os corpos de ambos eram fortalecidos pelos efeitos de suas
respectivas Heranças mágicas. Era realmente difícil de lidar com os braços
fortes um do outro.
Mas,
- Gaaaaaahhh!!
Entre o estilo Gume-Duplo das Técnicas
Kusanagi e a espada do Rei Arthur, havia uma diferença crucial em conceito.
A espada do rei era feita para lutar contra
pessoas.
O estilo Gume-Duplo
era feito para cortar aqueles que não são humanos.
Ele desviou de um ataque.
Aquela diferença se mostrava refletida no
progresso da batalha.
Quando se tratava no peso de cada golpe,
Takeru estava claramente ganhando.
Sem nenhuma atenção ao seu próprio estado, sem
se preocupar com seus próprios ferimentos. Uma espada sem apego à própria vida.
A lâmina que impunha um fim àqueles que não
eram humanos. Takeru a brandia contra aqueles que não eram humanos. Seu poder
destrutivo era como o de um gigante com uma clava de ferro.
Um corte vertical explodiu no ombro direito do
Rei Arthur.
O fio que alcançou o corpo cortou fora o braço
direito.
Takeru puxou a espada para si e executou uma
estocada poderosa.
Mas apesar de ter perdido um dos seus braços,
O Rei Arthur mirou Excalibur para o chão e
disparou.
- Guh!!
Energia mágica colidiu com o chão e uma onda
de choque assaltou o corpo de Takeru.
Ele conseguiu alguma distância e ajeitou a
postura.
Assim que ele se afastou, um círculo mágico
dourado apareceu debaixo dos pés do Rei Arthur.
Energia mágica começou a convergir e se
concentrar em Excalibur.
Takeru sentia calafrios, tendo experimentado o
feitiço de primeira mão. Ele estava atento.
- Magia
intrínseca iminente.
- Nesse caso, eu vou acabar com ele antes que
ele a ative.
- É
inútil. O oponente está ciente de sua vulnerabilidade durante a conjuração.
Energia mágica está sendo usada para manter a atividade, em outras palavras,
Rei Arthur está convertendo sua própria magia em uma barreira.
- Eu e você, podemos quebrá-la?
- É
possível, mas não irá demorar para ele terminar a conjuração. Rei Arthur está
usando todo a energia mágica gerada pela Excalibur e sua própria energia. Isto
dá a ele uma capacidade defensiva semelhante a da bainha. Não tão poderosa
como, mas ainda assim é feita de uma concentração considerável de energia
mágica. Nas condições atuais, devemos destruir a barreira em trinta segundos.
Tempo restante para a ativação da magia intrínseca: dez segundos.
- O que vamos fazer?
Ele pode ser um aspirante a inquisidor, mas
magia não era a especialidade de Takeru. A única coisa que ele podia fazer era
usar Mistilteinn com suas habilidades de esgrima, para tudo além disso ele era
um incompetente.
- Usaremos
nossa própria magia intrínseca também. Hospedeiro, por favor aperte o gatilho e
não se mexa.
Assim como fora ordenado, Takeru apertou o
gatilho e segurou a espada.
Naquele momento, um quadrado mágico apareceu debaixo
dos pés de Takeru além de partículas em um azul pálido.
{ Quem
foi aquele que matou o galo Robin? Com minha espada e lança, eu fui aquele que
matou o galo Robin }
Respondendo ao encantamento, a lâmina da
espada que Takeru segurava começou a brilhar em azul.
- A
lâmina absorve qualquer magia com qual entrar em contato e a converte em mais
dano quando você voltar a atacar. Seu uso é impossível a longa distância e
acertar ou não, só depende da habilidade do Hospedeiro.
- ...Saquei, então eu só tenho que fatiar a
magia que aquela múmia ali vai soltar.
- Consegue
fazer isso?
- Seja magia, luz ou qualquer outra coisa, o
inimigo não é humano, certo?
Takeru levantou a espada, cheio de orgulho.
- Cortando aqueles que não são humanos com o
pináculo da esgrima... Em possessão de um corpo e espada inquebráveis, Kusanagi
não perderá!
Takeru se colocou em uma postura e distribuiu
poder em todo o seu corpo.
- Vou converter a armadura em magia, isto irá
reduzir o potencial de defesa, tente evitar o ataque inimigo.
-
Entendi!
O brilho dos círculos mágicos de Takeru e o
Rei Arthur chegou ao seu limite, o ar ao redor berrava.
Faíscas dançavam e se dispersavam, o chão
tremia e então,
[ Encantamento do Crepúsculo ]
[ Cavaleiros da Távola ]
As magias intrínsecas das duas Heranças
mágicas se ativaram.
No mesmo momento em que onze cavaleiros
apareceram ao redor do inimigo, Takeru ativou Soumatou.
Não era mais perigoso, porque seu corpo não
era mais o de um humano. Ele iria ultrapassar o limite.
O mundo desacelerava até o limite, a
velocidade de reação estava no máximo.
Mais e mais.
“ Desacelere mais,
tempo; acelere mais, reflexos “
Um segundo era uma eternidade. Seus olhos
perseguiam a luz.
O mundo... Havia sido deixado para trás.
- HAAAAAAAAAAAAA!!!
No mundo congelado ao limite, Takeru correu em
direção ao inimigo.
Os onze cavaleiros se tornaram luz e avançaram
juntos para Takeru.
As velocidades eram as mesmas. Naquele mundo
dos mais rápidos, os onze cavaleiros e Takeru se equiparavam.
Deixando para trás as palavras de Lapis, ele
secarou onze cavaleiros.
Desviou a estocada de lança do primeiro.
Evitou o golpe horizontal do segundo e saltou
para destruir sua cabeça.
Esmagou o corpo do terceiro.
Dividiu em dois o quarto cavaleiro que
defendia com o escudo.
Se defendeu dos ataques em sincronia de arco e
espadas do quinto e sexto com uma técnica de saque de espada relâmpago.
Empalou o sétimo quando este executou um
ataque aéreo em Takeru.
Bloqueou as habilidades brilhantes do oitavo e
do nono pelas costas e virou para dividi-los pela cintura.
Cobriu o décimo montado em um cavalo com
vários cortes.
Golpeou o décimo primeiro com um ataque
frontal.
Ele avançava pela luz como um furacão, os
cavaleiros desapareciam, sugados pela lâmina de Mistilteinn quando atingidos.
E Takeru alcançou o cavaleiro final que estava
esperando, o Rei Arthur.
- Lapis, uma enorme Zweihander!
(Nota de tradutor: “Zweihander” significa
“duas mãos” em alemão. É uma espada grande que se empunha com ambas as mãos)
- Confirmado.
Modo Zweihander. Revertendo o encantamento, liberação de material flexível.
Depois de apertar o gatilho, Mistilteinn mudou
de uma nodachi para uma enorme espada de duas mãos com ridículos dez metros de
comprimento.
Takeru saltou incrivelmente alto com tal
espada em mãos.
Respondendo, Rei Arthur injetou a energia
mágica restante em Excalibur e atirou em Takeru.
Aquele seria o golpe final.
Ambos apostavam todas as fichas naquele
momento. O Herói e o Caçador de Bruxas.
- Técnica Kusanagi, Gume-Duplo:
No meio do ar, Takeru decidiu usar a técnica
especial que misteriosamente nunca havia conseguido usar antes.
Possível apenas com Soumatou ativado, outra
técnica proibida.
Dita ser impossível para o corpo humano
suportar, uma espada dos sobre-humanos.
Reza a lenda que o fundador da espada
Kusanagi, há muito tempo atrás, usou uma vez em batalha. O que havia sobrado da
lenda era apenas o conceito de uma técnica impossível.
Liberando o poder de Soumatou até o limite, um
estado onde o mundo é deixado paralisado ao realizar oito rotações antes de um
golpe, assim a técnica seria completada.
Instruções tão absurdas, mas que Takeru agora
tinha a confiança de executá-las. Com aquela espada e aquele corpo, não era um
bicho de sete cabeças para ele.
- Yamata no Orochi!
(Nota de tradutor: Yamata no orochi era a
cobra da mitologia japonesa que possuía oito cabeças, morta pelo deus das
tempestades, Susano’o.)
Oito golpes aplicados de uma vez.
Neutralizando a bala mágica que o Rei Arthur
atirou e fatiando seu corpo diretamente com aquele ataque inacreditável.
Os oito ataques despedaçaram o corpo do Herói
e uma enorme cratera se criou no asfalto.
O impacto cobriu as redondezas e tudo se
tingiu com uma luz índigo.
Energia mágica colidia com partículas mágicas
como se um segundo sol nascente aparecesse no céu do crepúsculo, uma
refulgência ofuscante foi liberada.
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