TG35SS - Volume 2: A Luta da Bruxa - Uma Batalha Pela Esperança: Capítulo 5 - O Riso do Necromante [Parte 2]
Parte 2
Academia Anti-Magia:
assentos da audiência no coliseu de torneios.
No meio da multidão, Kurogane Hayato se
encontrava sentado em silêncio nos lugares destinados ao público.
Ao invés de um uniforme da Inquisição, ele
usava um terno preto. Ele não queria ser notado pela vigilância inimiga.
Mas ele não parecia ser exatamente um humano
exemplar.
- ...Todos os <Spriggans>, reportar
situação.
- Sem
problemas na entrada principal. Nenhum material perigoso encontrado até agora.
- Portão
dos fundos, paredes externas, torre das heranças mágicas e área restrita : nada
de anormal por aqui. Patrulhas percorrem o prédio escolar mas nenhuma situação
fora do regular foi reportada.
Ao ouvir relatórios de seus subordinados pela
escuta em seu ouvido, Hayato apertou levemente seus olhos.
- Prossigam com cautela. Esse é o dia. Hoje é
o dia em que a magia aminésica expira. O inimigo virá com toda certeza. Não
percam o foco e permaneçam concentrados.
Terminando de confirmar a situação, Hayato se
voltou para o coliseu enquanto cruzava novamente os braços.
Em seu peito, a mão direita tocava o Devorador
de Relíquias a todo momento. Ele estava preparado para atirar a qualquer hora.
- ...Ora, mas se não é o Kurogane-kun. Como
está se sentindo?
A voz soava do seu lado, Hayato voltou o olhar
para a fonte do cumprimento.
Vindo em sua direção estava uma pessoa
carregando um balde de pipoca e usando um terno todo branco. Era... Ootori
Sougetsu.
- Esse lugar é perigoso. Por favor volte para
a sala do diretor. Vou lhe informar remotamente.
Ootori, ignorando o conselho de Hayato,
sentou-se no assento ao lado dele.
- Rígido como sempre, não? Você poderia tentar
relaxar um pouquinho de vez em quando, sabe?
- Se é o que o senhor quer, por que não
aumenta o número de agentes? Assim eu ficaria um pouco menos preocupado.
- Dentro da Inquisição não tem mais ninguém
além de você que pode ser usado. A situação é difícil, não acha? Ahahahaha.
Mastigando pipoca, Sougetsu riu de boca cheia.
- Ah, aliás, tem alguma coisa a reportar?
- Diretor, sua filha parece estar ciente a
respeito da verdade sobre Nikaidou Mari. Aparentemente, ela estava vasculhando a
cena do crime na noite de ontem.
- Oh, é mesmo? Hmmm... nah, tudo bem. Mesmo
que Ouka conte a verdade para Kusanagi-kun, ele não vai ficar abalado.
Ele dizia como se tudo estivesse dentro do
esperado. Sougetsu estava com uma cara relaxada enquanto se empanturrava de
pipoca.
Sem mover a cabeça, Hayato olhou para Sougetsu
pelo canto do olho.
- Mesmo se você tivesse contado a verdade
diretamente para o garoto no começo, nada teria mudado, certo?
- Usar uma bruxa com amnésia como isca seria
uma ideia rejeitada pelo Kusanagi-kun e Ouka. Convencê-los do contrário seria
um pé no saco, hahahaha. Como eu disse ao Kusanagi-kun que essa seria uma
missão de escolta, ele irá proteger Mari-kun não importa o que os ataquem.
Entende por que não tinha razão nenhuma em contar a verdade para eles?
- .............
- Por culpa do seu passado, ele não consegue
ver alguém sofrendo bem na frente dele e ficar sem fazer nada.
Mas mais do que tudo, Sougetsu estava mais
empolgado com outra coisa. Sua animação o fazia pular na cadeira.
- ...Valhalla... Será que eles vão vir logo?
- Eu não sei.
- Pois é... Bem, seria uma pena se eles não
aparecessem, mas... Se não derem as caras logo, melhor que não apareçam mais,
também. Qualquer coisa eu só preciso bisbilhotar dentro da cabeça da Mari-kun.
- .............
- “O inimigo não virá”... Esse pensamento nem
sequer passou pela sua cabeça, não é mesmo?
- ......É apenas intuição, não tenho nenhuma
evidência.
Ouvindo aquilo, Sougetsu riu satisfeito e
entretido.
- Sua intuição sempre acerta na mosca.
Ele continuou a se encher de pipoca, ainda
mais contente.
O segundo dia de batalhas do torneio estava
começando e Sougetsu se pôs a aplaudir gritando “Bravo!”
Outra vez, Hayato se virou para frente com
cuidado.
Comentários
Postar um comentário