TG35SS - Volume 2: A Luta da Bruxa - Uma Batalha Pela Esperança: Capítulo 6 - A Força Daqueles que Suportam [Parte 1]
Parte 1
- Saionji! Ei! Consegue escutar? Acorda,
Saionji!
Empurrando para o lado um pedaço de escombro,
Ouka arrastou Usagi para fora e a deitou enquanto dava algumas palmadas no
rosto dela.
Ela respirava e não havia nenhum problema com
seu coração ou pulmão.
Quanto a ferimentos, pé esquerdo fraturado, um
corte perto do olho esquerdo e mais algumas lesões menores pelo corpo. De forma
alguma poderiam ser chamados de ferimentos leves, mas depois do acidente, estar
com apenas aqueles ferimentos já era um milagre em si. Para a sorte de Ouka,
ela não tinhaa mais nenhum machucado além de um ombro deslocado.
- Ootori, Como a Usagi está? Ela parece que
vai acordar?
Ikaruga voltou correndo do banco nos cantos da
arena carregando uma maleta de armas. Pouco depois do incidente ela estava
apenas sentada no banco tossindo a poeira levantada.
- Nada feito. Não tenho nenhuma resposta não
importa o quanto eu chame. Talvez seja... a cabeça dela que sofreu algo.
Seu pensamento se encaminhou para a pior
situação possível. Ouka mordeu o lábio inferior com um sorriso nervoso.
- Me dá licença.
Ikaruga afastou Ouka e se inclinou até o
ouvido de Usagi.
E, com os lábios prestes a encostar nas
orelhas, falou:
- Oh não~ É a atiradora inútil~ Ela sempre
pisa na bola nos piores momentos. Acorda sua batata de peitões. A madame diz
que vai provar que não é um pessoa morto? Ah até parece.
(Nota de tradutor: originalmente, Ikaruga
zomba da forma que Usagi termina suas frases, com “-desu wa”. Porém, não
encontrei um equivalente adequado para colocar)
- Ei, Suginami... Agora não me parece um bom
momento para iss-
- Quem aqui é uma atiradora inútil?!!
Subitamente, Usagi pulou com um grito.
- Ai... Ugh, que dor! O-o que houve? O que
aconteceu aqui?
Usagi, que tinha se levantado enérgica,
percebeu a dor de sua perna quebrada e olhou em volta.
Aparentemente ela estava bem. Ouka ficou
aliviada e mudou para uma postura séria.
- Explicações ficam pra depois. Mais
importante, deixem o combate comigo.
Logo após dizer isso, ela ouviu uma chamada de
voz vindo do comunicador. Ela apertou o botão e esperou uma resposta.
- Alou
alou, Ouka. Parece que você está bem. Papai fica contente com isso.
Quem se conectara era Sougetsu.
- Como
está aí no seu lado? Kusanagi-kun está se esforçando? O feiticeiro ainda está
vivo?
- Diretor.
- Eu
também queria assistir... Ver se ele consegue usar Lapis direitinho ou não, me
deixa um pouquinho ansioso. Ah, você pode dizer pra ele neutralizar o senhor
feiticeiro sem destruir o corpo dele? Não consigo sinal dele daqui.
- Diretor, sei que isso pode parecer
repentino, mas irei processá-lo.
Ao ouvir a declaração de Ouka, Sougetsu ficou
em silêncio.
- ...Processar?
Eu? Ouka vai?
- Sim. Investiguei noite passada o caso da
prisão de Nikaidou Mari.
- Investigou?
Mas isso não é um caso encerrado? Puxa, isso não é legal. Estudantes como você
não deveriam ir em cenas do crime assim. Não me lembro de ter dado permissão
para isso.
Ouka ignorou o sermão e continuou em tom de
voz indiferente.
- Eu fiz uma varredura do local com um filtro
de análise. Os resultados apontaram apenas uma minúscula quantidade de magia
residual. Usando as instalações dos <Regin (Ferreiros)> eu analisei esses
pequenos traços e a classificação do atributo das partículas é... No mínimo
estranho, não importa o quanto eu pense sobre.
- hummm...
- Isso porque Nikaidou Mari tem o atributo mágico
de [Aurora]. Enquanto o atributo da amostra no local é [Desespero].
Ouka apertou os olhos e continuou a revelar as
evidências encontradas, esperando encurralar Sougetsu.
- Como você provavelmente já sabe, esses
atributos não são compatíveis. Claro que há magos com dois atributos mas
[Aurora] e [Desespero] são mutualmente excludentes entre si, sendo
comprovadamente impossível. Qual é a sua desculpa para isto?
- .......
- Em outras palavras, a entidade responsável
pelo ataque ao 15° pelotão não foi Nikaidou Mari. E essa é a evidência de que a
prisão não tem justificativa.
- Ela é
uma bruxa e membro da Valhalla... Isso já não é mais que suficiente para uma
prisão?
- Mas uma prisão baseada em uma falsa acusação,
será que isso é o suficiente para processar o responsável por ela?
- Bem,
então vamos ouvir. Quem você pretende processar? Eu, o diretor do Conselho da
Inquisição? Aquela posição existente no ápice do sistema de leis a respeito da
magia? Quem arriscaria julgar alguém como eu?
- Sendo assim, eu só preciso enviar uma
denúncia ao Comite de Ética.
Ao ouvir a resposta de Ouka, Sougetsu voltou
ao silêncio novamente.
- Você permitiu que o Herói andasse livremente
pela cidade e fez com que centenas de estudantes entrassem em batalha com ele.
Agora você impõe falsas acusações em uma bruxa e ordena sua prisão. Não acho
que o Comitê ficará em silêncio desta vez.
Mesmo quando sob ameaça de sua filha ele ria
alegremente.
Como que ele estivesse previsto a situação,
ele usou um tom moderado do início ao fim.
- Entendo... Ouka quer negociar comigo? Minha
filha está em apuros, né? Certo, vamos ouvir que tipo de favor a minha filhota
precisa.
De uma forma bastante casual e relaxada,
Sougetsu cedeu e se dispôs à Ouka.
Ela fechou os olhos e respondeu.
- ...Há apenas uma coisa que eu gostaria de
ter.
E tal “coisa” acabou surpreendendo Sougetsu.
No mesmo instante, Sougetsu gargalhou alegre.
O primeiro golpe com suas espadas estava par a
par.
Para Takeru, um corte diagonal mirando no
ombro; para Haunted, uma estocada no estômago. Os dois ataques anularam um ao
outro.
Uma onda de choque surgiu no encontro das duas
lâminas e o chão ao redor criou rachaduras acompanhadas de um ruidoso som. O
impacto cancelou os golpes.
No fim do arco, Takeru reverteu a
espada, agora com o fio para cima e procurou um corte diagonal para cima, sem
desperdiçar velocidade.
- Coma isso!
Ele não estava convencido, mas
executou o ataque com tudo que tinha, guiando a espada para o pescoço de
Haunted.
No entanto, sua trajetória
encontrou a rapieira de Haunted, posicionada para defesa.
O inconfundível som de lâminas metálicas se
chocando podia ser ouvido.
*Kishnnnn*
A espada de Haunted se curvava extremamente
por proteger seu pescoço.
O feiticeiro usava uma espada com o formato
semelhante a uma rapieira, espada europeia específica para ataques de estocadas
e perfurações. Originalmente eram usadas para duelos e defesa pessoal e
normalmente não para combate.
Facilmente deformada em razão de seu pequeno
porte, a espada era a pior combinação possível com a forma atual de
[Mistilteinn], que se especializa em cortes: defender completamente um ataque
desses era simplesmente impossível.
Se ele tentasse tal feito, a espada certamente
quebraria.
No entanto, [Dáinsleif] não tinha nenhuma
rachadura, tampouco um arranhão.
Recebendo golpe atrás de golpe, a rapieira de
Haunted se contorcia a cada corte refletido. Porém, a lâmina esquia não
mostrava sinais de quebra.
- Que tedioso. Seus ataques são muito
previsíveis.
No instante seguinte, Haunted retraiu a mão no
contato das lâminas e conduziu a espada de Takeru para trás de si.
Mas o movimento foi muito violento para ser
apenas uma técnica de defesa.
Takeru foi arremessado, não, desviado para
trás. Incapaz de absorver o movimento, ele aterrissou nos destroços da torre de
controle.
Criar uma brecha ao desviar um ataque e usar a
força do próprio adversário contra ele. Essa era uma tática básica em qualquer
forma de combate. Adicionalmente, a elasticidade da lâmina de Haunted
adicionava mais força repulsiva à técnica.
O nível de habilidade do inimigo era muito
maior do que Takeru estava esperando.
- [alternar entre uma lâmina maleável e uma
lâmina rígida parece proporcionar uma força repulsiva ameaçadora. Hospedeiro,
se estiver contra uma Herança Mágica, é melhor abandonar sua noção de espadas
normais.]
- “E-entendi... a esgrima desse cara não é
meia boca também.”
Cuspindo sangue no lado, Takeru se levantou
dos escombros.
Haunted, sem mostrar a elegância que se espera
de esgrima ocidental, assumiu uma postura e aplicou uma estocada distorcida.
Nesse momento, o fio da espada de [Dainsleif]
brilhou por um instante.
Não era luz ambiente refletida, a luz vinha da
magia da própria espada.
- [Por favor mantenha a guarda alta. Essa
parece ser magia intrínseca]
Haunted apertou o punho direito na espada.
Formando uma garra com sua mão esquerda, o feiticeiro cravou as unhas no
próprio rosto. Seus caninos ficaram a mostra e seus dentes se chocavam
repetidamente.
- Aaaahh... Hnnnngg.... graaaaaaaah...!
Ele aplicou uma estocada veloz.
Takeru intuitivamente entendeu que não
conseguiria ver o ataque.
Ele ativou [Soumatou] e o mundo desacelerou.
“Mesmo com isso... É rápido!”
Na mesma fração de segundo em que ele rolou
para o lado, o ataque do feiticeiro explodiu.
Os escombros da torre de controle foram
arremessados com um enorme buraco para longe.
- Lapis, preencha o buraco no meu peito com armadura
ou qualquer coisa!
- [É possível, mas isso causará dor extrema.
Você consegue agu-
- Eu aguento...! haa... A falta de ar é que é
o problema...! Daahh....
- [Entendido.]
Logo após a confirmação, a cavidade no peito
de Takeru se regenerou com um barulho de *crack crack*. Parecia como se a
armadura estivesse erodindo o ferimento.
- Ugh... Gah!
Takeru sentiu a onda de uma dor imensa.
Mas ele podia respirar
novamente e não havia tempo para descansar.
Haunted se aproximava com outra apunhalada.
- Guh...
- Ehe ihihihi! Yehehehehehe!
Ele continuou a metralhar com a espada
enquanto ria.
Mesmo depois de ter ativado [Soumatou], sua
velocidade era extraordinária. Mesmo que Takeru conseguisse de algum modo
desviar dos ataques, ele estava recuando mais e mais.
- Parece que sua carta na manga é acelerar a
velocidade de processamento cerebral, mas esse tipo de coisa é fichinha para
mim, já que eu sei de tudo que há pra entender sobre o corpo humano! Que pena
pra você, Caçador de Bruxas!
- Vai pro inferno, feiticeiro...!
- Não fique com o rei na barriga por conseguir
se acelerar sem magia! E não cometa o erro de pensar que você consegue lutar a
par comigo por causa de um truquezinho desses. Isso é... Ridículo!
Fúria poderia ser vista no rosto do rapaz apesar
do esforço em controlar o sangue subindo à cabeça.
No entanto, não eram palavras vazias. Sua
habilidade com a espada não era nenhum blefe. A precisão e velocidade de cada
golpe era maior do que de Takeru.
- Raaaahh!
O capitão avançou enquanto agonizava de dor e
traçou uma linha paralela ao horizonte.
Haunted desviou ao saltar para trás.
“Saquei. Eu consigo. Continuando desse jeito,
eu consigo contra-atacar.”
Takeru mirou a espada no peito do feiticeiro a
uma altíssima velocidade.
Nesse mesmo instante.
O espaço em que Takeru planejava fincar a
espada estava vazio.
E como se fosse mágica, seu ombro direito foi
rasgado e começou a sangrar.
- Guaahh!!
Sem saber o que havia acabado de acontecer,
seu corpo cambaleou para a esquerda
E então foi a vez de seu cotovelo esquerdo ser
perfurado. Mais sangue deixou seu corpo da mesma forma misteriosa que seu
ombro.
- O-o que é que está acontendo... Nggh!
A cada passo em falso, aparecia outro
ferimento em seu corpo.
Takeru recuou rapidamente e a imagem de
Haunted se materializou subitamente.
Havia um espaço considerável entre os dois e
ambos permaneceram assim por poucos segundos.
- O que houve? Não vai me atacar? Venha, corra
pra minha direção com tudo o que tiver.
O feiticeiro, com espaço de sobre, lançou um
olhar esnobe para o garoto.
Com uma brecha dessas Takeru se sentia
desconfortável pela primeira vez.
- [Será que...!
- O que foi...?
- [Hospedeiro, irei sobrepor um filtro com os
resultados das análises em sua retina]
- Ahn... Ok.
A visão de Takeru e tornara levemente azulada.
Aquilo que estava invisível antes, agora era
percebido pelos olhos.
Entre Takeru e Haunted, algo semelhante a
agulhões vermelhos estavam fixos no ar em grande quantidade.
- [Parece que a performance intrínseca de
Dáinsleif é deixar um resíduo da estocada no espaço mesmo depois do ataque.]
Takeru entendeu no que isso implicava.
- Tsk...
O lugar para qual Takeru havia pulado era o
mesmo em que alguns minutos antes Haunted havia atacado. Ele havia saltado
direto para uma apunhalada residual.
Depois de tantos golpes consecutivos, o fator
de regeneração não agia mais com tanta eficiência e o ferimento no cotovelo e
ombro continuava a sangrar.
- Epa! Já desvendaram? Mas que bela Devoradora
de Relíquias, não? Agora eu quero ela ainda mais!
- [..........]
- Isso é ciúmes, Nacht?
- [ Eu vou matar você.]
Ver Haunted importunando sua espada no meio do
combate fez Takeru se enfurecer.
Ele sentia como se fosse fraco demais para
valer o tempo.
- [É uma Herança Mágica interessante. Mas sua
magia intrínseca não deveria ser um problema para mim.] – Disse Lapis
telepaticamente.
A voz monótona normal soava um pouco
diferente.
- ...Lapis?
- [ Não gosto disso. Eu mereço pena de
execução por permitir que meu hospedeiro seja vítima de um resquício de uma
perfuração.
“Será que ela ficou de mau humor?”
A mesma Lapis, cujos pensamentos pareciam ser
indecifráveis, estava irritada.
- [Hospedeiro, lembra-se de minha
especialidade?]
- Especialidade?
- [Foi lhe mencionado anteriormente que sou
uma ferramenta de primeira classe quando se trata de contramedidas para magia. Essas
estocadas, ou magia residual, pode ser limpo por mim.]
Lapis continuou a aconselhar Takeru.
- [Adicionalmente, há uma perfeita solução
para o redirecionamento daquele homem. Hospedeiro, posso me transformar em
qualquer tipo de espada. Isso fará com que aquele produto degenerado não se
contorça mais.]
Ela estava claramente incomodada. Takeru
refletiu nos apontamentos de Lapis.
- usar a espada para receber e guiar...?
Entendi!
Takeru se levantou e olhou apologético para
Lapis
- Foi mal... Ser um hospedeiro meio cabeça
dura.
- [Aquele que escolheu o Hospedeiro fui eu. O
único que pode me manusear é o Hospedeiro. Eu compenso as partes que faltam no
Hospedeiro e o Hospedeiro compensa as partes que faltam em mim. É assim que a
arma e o guerreiro devem ser.]
- ........
- [Por favor dependa mais das minhas
capacidades.]
Bastante surpreso, ele não imaginou que
poderia ouvir esse tipo de coisa vindo de Lapis. Um pouco sem jeito, ele coçou
o rosto com um sorriso e apertou mais forte o punho da espada.
- Se esse é o caso... Vamos com
tudo que temos!
Com grande confiança, ele correu
para Haunted.
Fatiando as apunhaladas
residuais, nada ficava no seu avanço direto para seu inimigo.
Com um sorriso no rosto, o
feiticeiro se posicionou para interceptar Takeru.
O rapaz dividiu o ar em dois
enquanto executava o golpe.
- Sem nem um truquezinho de novo?
Haunted recebeu novamente o
ataque com sua Rapieira.
- Hihihihihihi.
A lâmina de contorceu como antes.
Usando a força repulsiva do ataque que haunted tentou refletir...
- Lapis! Kodachi!
O formato da nodachi de Takeru
mudou em instante.
A lâmina que forçava a espada de
Haunded subitamente desapareceu.
- ?!
(Nota de tradutor: Kodachi é um tipo de espada japonesa de
aproximadamente 60cm. Considerada por muitos como um meio termo entre uma adaga
e espada. Nodachi é uma espada japonesa longa de duas mãos, com normalmente mais
de 1,2M)
O corpo da espada alterou a forma
e se encurtou, desaparecendo. A lâmina da nodachi media 150cm e a da kodachi,
apenas 60.
Depois de sumir com 90cm de
lâmina, a espada de Haunted perdeu a força elástica que a entortava e balançou
ao ar.
Mas antes disso, poderia ser
ouvido um som de algo sendo cortado.
- Guh... hack...
Com seu peito cortado, Haunted
recuou.
- Ehe, ehehehehe... Olha só, não
é que você pensou um pouco?
- [Modificando a forma para
nulificar o contra ataque... Que coisa irritante essa coisinha aí.]
Um Haunted risonho e uma Nacht
surpresa.
Takeru não encerrou por ali. Ele
preparou a espada em mãos.
- Próximo! Montante!
A espada se modificou novamente,
formando uma grande espada de duas mãos
(nota de tradutor: montante é uma
espada recorrente da idade medieval na região ibérica, média de 1,3M e 1,5Kg e
tinha o cabo em forma de cruz)
Haunted não era nenhum ignorante.
Ele preparou os ataques residuais imediatamente.
No entanto, a magia era inútil
contra a lâmina de Lapis. O truque já não era mais tão preocupante quando ele
poderia ser visto.
Depois de fatiar uma magia atrás
da outra, Ele despencou a espada no tronco de Haunted.
O feiticeiro baixou a defesa de
antemão e se preparou para um ataque com uma espada curta, prevento outra
transformação.
Porém, o golpe de Takeru se ligou
com o corpo de Haunted e um corte do peito até o ombro foi desenhado em um
piscar de olhos.
Intencionalmente usando um ataque
direto sem alterar comprimento. Ainda que fosse uma finta simples, aquele era
um ataque que extraia o máximo das habilidades de Lapis.
Sangue continuava a escorrer do
ferimento recém aberto do feiticeiro.
- Gehoh... Ahaha, huahahahahahaha!
Nada mal! Agora sim estamos nos divertindo!
Seu inimigo estava rindo nesta
situação. Takeru sentia repulsa.
Por que Haunted havia criado mais
distância? A resposta já estava clara vendo o corpo dele.
- [Hospedeiro, o inimigo se
regenera a uma velocidade altíssima. Persiga-o.]
- Acha que eu vou deixar você
descansar?!
A partir de então, era o momento
de Takeru passar aa pressionar.
Ele alterava a forma de sua
espada depois de cada ataque, continuamente desferindo golpes ao inimigo.
- Uchigatana!
Claymore! Gladius! Falchion! Kunai! Espada
Flamígera! Seiryuutou! Shotel! Kukri! Adaga! Warabitetou!
Não havia nenhuma espada que não
se incluía nos ensinamentos Kusanagi. Assim que a criança dessa família era
nascida, a arte da espada érea engravada em seu corpo.
Torcendo seu corpo, sua espada
dançava selvagemente sem desperdiçar nem um movimento sequer. O final de um
golpe era a metade do ataque seguinte. Acelerando repetidamente a cada corte
desferido, ele dominava Haunted como um tornado.
Era como assistir a uma belíssima
dança.
O corpo de Haunted continuava a
ser rasgado pouco a pouco e nem sua regeneração conseguia dar conta de tantos
ataques.
- Zweihander!
A maior espada que existiu, uma
gigantesca espada alemã de duas mãos: Zweihander.
Takeru ergueu-a para então
jogá-la para baixo e fatiar Haunted.
Isso iria acabai com tudo e seria
outro passo para a salvação de Mari.
Com todo o seu corpo e alma,
Takeru carregou o golpe mais forte, alimentado por toda a sua fúria.
Nesse instante...
- Hihihi.
*Zgyon*
Debaixo dos pés de Haunted, uma
sombra apareceu.
De dentro da sombra, algo foi
arremessado para Takeru junto a vários espinhos.
- O q-
Era Yoshimizu Akira, a integrante
do 15° pelotão que deveria estar morta.
O corpo da garota foi ejetado da
mancha sombria diretamente para Takeru. Ela portava uma face com olhos
desfocados, sem entender o que se passava, o motivo pelo qual ela estava lá,
por que Takeru estava em sua frente.
O rapaz largou a espada por um segundo
e segurou o corpo de Yoshimizu.
- Gyahahahahaha. Olha só pra você
simpatizando com um clone!
O alto gargalhar de Haunted
ecoava.
Mesmo ele estando ciente, era
tarde demais. A Única coisa que ele poderia fazer era recuar enquanto ele
protegia a garota.
E foi durante esse pensamento que
ele foi atacado.
As largas costas de Takeru fora
rasgadas e ele foi arremessado para longe.
- Drog..... Desgraçado....
Mas as maldições que o rapaz
jogava no feiticeiro não faziam suas costas pararem de sangrar.
Ele não conseguia mais se mover,
não importa o quanto tentasse. Ele confirmou a segurança de Yoshimizu... Ou
melhor dizendo, seu clone, antes de afundar em uma pilha de escombros.
- Moleque, isso é o que chamamos
de “briga”, não é lugar de jogar limpo. Tire proveito das brechas emocionais e
psicológicas do seu oponente e aplique seus golpes com inteligência. Você é
ingênuo demais. Mesmo depois da morte daquela menina você ajuda o clone
estúpido dela. Pessoas são interessantes... E é por isso que eu amo elas,
uhihihi, ahahahahahahaha.
Haunted penteou o cabelo com seus
dedos enquanto ria explosivamente.
Takeru tentou se levantar antes
que ele acabasse com a gargalhada.
- [Hospedeiro, você está no
limite de sua capacidade. Mais do que isso seria-]
- Encourace... Os ferimentos...
- [...Isso é imprudente.]
- Se eu não... For imprudente
aqui e agora... Vou perder tudo... Não vou poder... Salvar... Nada.....
As palavras de Takeru ressoaram
em Lapis, que remendou as feridas com armadura.
Olhando de todos os ângulos, era claro que Takeru já havia perdido.
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