TG35SS - Volume 2: A Luta da Bruxa - Uma Batalha Pela Esperança: Capítulo 5 - O Riso do Necromante [Parte 1]

 

                                                             Parte 1

 

Dia seguinte, Torneio de Batalhas Simuladas da Academia Anti-Magia, Segundo dia.

 - Faz sol e hoje parece que o dia vai continuar desse jeito. Realmente um ótimo tempo para o Torneio. – Dizia o comentarista do evento.

Todos os membros do Pelotão dos Zeros-à-Esquerda estavam reunidos sentados no banco ao lado da arena.

 Três garotas estavam descansando antes da partida: Ikaruga na direita, Mari no centro, Usagi na esquerda e na borda estava Lapis.

 Takeru preparava seu equipamento atrás do banco e parou para dar uma olhada no campo.

 No momento estava acontecendo um evento.

 Enquanto no primeiro dia houve uma apresentação de uma cantora famosa, no segundo dia estava programada uma passeata-exibição do mais novo modelo do exoesqueleto encouraçado de infantaria, fabricado pela Alchemist. Esses eram bastante diferentes daqueles com quais Takeru se encontrou durante o incidente dos <Salmos Sem-Trilha>, eram modelos de ponta de linha.

 Ver Dragoons operando e planando em alta velocidade fazia Ikaruga, sentada no lado direito do banco, respirar pesadamente.

 - Oho! R-revestimento fino de oricalco em toda a superfície... Lâmina de vibração em alta frequência?! Isso deve custar tanto quanto uma aeronave de combate, não?! E esses movimentos suaves e macios graças a esses novos amortecedores... Não é coisa que se possa produzir em massa, Impossível! N-não dá nem pra me segurar, esse design de chassi é tão excitante...

 Com a boca aberta e quase babando, ela observava com olhos vidrados nas máquinas expostas na arena.

 - O que há de tão interessante nisso? É basicamente uma boneca, não é? – Reclamou Mari.

 - Por não saber a maravilha que são os Dragoons, Mari perde 12% de sua vida máxima.

 - Acho que dá pra viver bem sem saber dessas coisas...

 - Esse formato, esse som, essa silhueta e esse lustre! Robos têm sua própria eroticidade que nunca vai poder ser copiada por humanos!

 - ...Tarada.

 - Tarada!? – Respondeu Ikaruga.

 Olhando para ela, Mari se afastou alguns passos. Nisso acabou esbarrando no ombro de Usagi, sentada logo ao seu lado.

 Que estava fazendo...

 *clack**clack**clung**clang*

 - ........

 - Ela estava abraçada com seu rifle e tremendo todo. Sua cara estava azul e seus lábios, roxos.

 - Já ouvi falar da sua ansiedade antes. Mas, meus parabéns por conseguir sobreviver até hoje.

 - C-ca-c-cala a boca. Ago-agora e-eu estou pr-procurando minha unidade espiritual. N-não fale c-comigo!

 - Se você acha que isso é concentração mental, eu vou ficar brava contigo.

 - Fico pensando se vai dar tudo certo... Esse pelotão... Bem, contanto que eu esteja aqui, almejar a vitória não parece ser surreal. Ei, Takeru, você também não acha?

 Ela posava de um jeito estranho com sua arma e apontou a boca para o capitão.

 Mas o rapaz estava inquieto demais para perceber Mari, olhando para todos os lados. Ser ignorada depois de tanto esforço para posar a deixou irritada.

 - Por que você tá olhando por ai assim?

 - Não, é só que eu ouvi de Ouka que ela pode chegar um pouco atrasada e não falta muito para a partida começar.

 - Qual é a do “Ootori isso, Ootori aquilo”? Você não fica satisfeito comigo?

 Takeru se levantou depois de fazer as devidas preparações e girou seus braços no ar algumas vezes.

 - Não estou insatisfeito, mas Ootori é a ás do tiime. Nossa força de combate se reduz a uns 80% sem ela.

 Incluindo ele mesmo, as outras compunham só 20% da força do grupo.

 Mari se aproximou e se inclinou para Takeru que ainda estava se alongando.

 - O que há contigo? Você é mesmo o capitão? Confie mais nos seus membros

 - M-muito perto. Eu confio em vocês, mas acho que ser realista é importante também.

 - Como é que você consegue falar em realismo sendo o tonto espadachim.

 Mari apontou o cano da arma para o peito de Takeru.

 Fechando um dos olhos, ela riu alegre.

 - Já que estou fazendo isso, quero fazer valer e ganhar. Conto com você, senhor capitão.

 Ao ouvir Mari, Takeru sorriu levemente.

 Desde que Mari acordara, várias coisas estavam acontecendo e por isso ela estava sentindo a animação. Certamente não importaria se eles ganhassem ou perdessem.

 Mas já que estavam participando, ela queria vencer. Ver ela se divertir daquele jeito fazia Takeru se sentir igual a ela. Antes, relutante em participar, mas agora, vendo a garota alegre, ele pensou “ainda bem que estou participando”.

 - Mas, como aquela lá demora... Talvez ela esteja com medo?

 - Não, isso não deve acontecer.

 Takeru sorriu torto para a desconfiança de Mari.

 No mesmo instante, como se esperassem o momento certo, as portas atrás deles se abriram.

 - ...Desculpem, me atrasei.

 Como esperado, era Ouka que havia aparecido.

 Ela trazia consigo grandes maletas para armas. Quando Ouka passou por Takeru, Mari disse:

 - Ora ora, a estudante exemplar aqui certamente é diferente da plebe comum. E eu aqui pensando que você tinha amarelado e fugido com o rabo entre as pernas – Provocou Mari.

 Ouka se voltou para ela e a encarou agressivamente.

 - O- o que foi? Era uma piada, leve na brincadeira.

 - ...............

 Ouka desviou o olhar,desta vez para se voltar para Takeru.

 - Desculpe, Kusanagi... Precisamos conversar um pouco.

 Ao ouvir uma conversa eminente, Takeru imaginou o que poderia ser.

 Ouka esperava pela resposta com uma expressão séria. Olhando mais atentamente, seu cabelo parecia desarrumado e manchas escuras poderiam ser vistas embaixo de seus olhos.

 Era quase possível sentir a fadiga transbordando da garota.

 - O que houve, Ootori?

 - Não há tempo. Vamos voltar assim que possível.

 Takeru parecia confuso e Mari parecia mais ainda. Formava-se um ponto de interrogação acima da cabeça da pequena bruxa.

 Ouka cochichou diretamente no ouvido de Takeru:

 - ...É sobre Nikaidou Mari.

 Ao ouvir aquele nome familiar, Takeru olhou para Mari.

 - hm? O que foi?

 Receber olhares de duas pessoas fizera Mari esboçar uma expressão interrogativa.

 Takeru sentiu uma ansiedade inexplicável, mas pediu para os outros membros do pelotão para que esperassem e seguiu Ouka.

 Depois de passarem pela porta, eles foram para o corredor.

 Ouka se encostou na parede e cruzou os braços.

 - ...Você disse que queria falar sobre Mari, o que quer dizer? – perguntou Takeru, receoso.

 Ouka fechou os olhos e em baixo volume contou a ele o que tinha descoberto sobre Mari.

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 - .......Isso....Não pode ser...

 Após escutar tudo o que Ouka tinha a falar, todo sinal de expressão deixou o rosto de Takeru.

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